domingo, 27 de setembro de 2009

Rubens

Rubens nasceu fora da terra em que passou a maior parte de sua vida e à qual serviu com muito patriotismo, Flandres (hoje uma parte da Bélgica).
Ao contrário de vários outros pintores posteriormente famosos, Rubens não enfrentou oposição da família pela carreira que escolhera – muito menos naquela região que valoriza até hoje sua tradição artística. Pelo contrário, recebeu estímulo e incentivo, desde que correspondesse ao talento que lhe fosse exigido, algo que não tardou a acontecer. Já aos 15 anos tinha certeza da vocação e era aprendiz de pintores.
A cor sempre foi o elemento mais importante na pintura flamenga, e um exemplo disso são as obras de Rubens (1577-1640). Em seus quadros, é geralmente no vestuário que se localizam as cores fortes – o vermelho, o verde e o amarelo -, que contrabalançam a luminosidade da pele clara da figuras humanas, como em O rapto da filha de Leucipo, Caçada de leões e Helena Fourment com seus filho Francis




O jardim do amor (1632-1634), óleo sobre tela de Rubens. Dimensões: 1,98 m X 2,83 m. Museu do Prado, Madri.


Uma das telas mais coloridas de Rubens é O Jardim do amor. Trata-se de uma cena em que a realidade e alegoria se fundem. Nessa obra, a entrada de um palácio serve de cenário para um grupo de pessoas – homens e mulheres – cercado por alegres cupidos. Na parte superior está Vênus, sob a forma de estátua, cuja presença reforça a sugestão do amor. Os tons quentes das roupas femininas, quebrados pelo vestido claro da mulher da direita, e o traje masculino vermelho criam um conjunto de figuras que atrai a atenção do observador. Os inúmeros detalhes da cena despertam-nos a curiosidade de identificar todos os indicadores do tema representado.

Além do colorista vibrante, Rubens destacou-se por criar cenas que sugerem, a partir das linhas contorcidas dos corpos e das pregas das roupas, um intenso movimento. Essa característica está evidente também em O jardim do amor.

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